sexta-feira, 26 de julho de 2019

uma estratégia de combate aos incêndios promovendo o repovoamento


Em defesa
De uma estratégia de
Prevenção e combate
Aos grandes incêndios
Fomentando o repovoamento.


























Camilo Mortágua
Telef.967.720.854
Julho de 2019




Incêndios e Repovoamento  -  Documento base para discussão.
A zona piloto  restrita.
Defende-se a criação de uma zona piloto restrita, abrangendo um certo número de Municípios, normalmente os mais afectados pelos incêndios florestais, onde seriam aplicadas políticas e iniciativas diferenciadas, de apoio à prevenção e combate aos incêndios por métodos favoráveis ao repovoamento dessas áreas.

Tendo em consideração a importância decisiva da presença humana para evitar que as pequenas ignições se transformem em incêndios de grandeza incontrolável, a questão do aproveitamento do combate aos incêndios para estimular o repovoamento, parece-nos uma questão central da maior importância.

Reconhecendo os condicionalismos orçamentais que o País atravessa, as nossas sugestões, procurando reduzir a escala dos investimentos julgados  necessários, recomenda a criação desta dita área restrita, abrangendo numa primeira fase experimental dois ou três Municípios “exemplo” alargando-se numa segunda fase a uma dezena de entre os mais afectados pelos fogos, onde seriam aplicadas as medidas julgadas, ao mesmo tempo; as mais eficazes, inovadoras e de menores riscos e custos.

No essencial, defendemos optar, drasticamente, mas com realismo, por dar preferência máxima à prevenção e combate aos incêndios, por forças terrestres suficientes, permanentes  e profissionalmente preparadas. Suportadas por verbas provenientes de diversas fontes:. Privados, Municipais, Regionais, Nacionais e por transferência das economias feitas em aluguer de meios aéreos.

Estas forças terrestres, deveriam constituir o corpo executivo duma entidade Municipal publica,(chame-se ATM- Autoridade Territorial Municipal) ou outra coisa  mais adequada, responsável directa, a jusante e a montante, pela planificação e gestão da Protecção e Conservação da natureza e pelo ordenamento do território.
Sugerimos que estas  forças terrestres sejam constituídas tendo por base de cálculo para o seu número, o volume de trabalho de cada Município, por exemplo o número e características dos hectares a defender por município, e a adopção de um critério padrão para o necessário número de pessoas por hectare, com trabalho permanente o ano inteiro.
Número de pessoas necessárias e equipamentos adequados  à maior produtividade possível por pessoa, nas condições próprias de cada tipologia de terreno e carga de combustível.
Estas pessoas, pagas 20 a 30% a cima do salário mínimo, devem passar a ser habitantes das aldeias  semi – abandonadas   do respectivo município, alojadas, com as respectivas famílias, nas casas desocupadas dessas aldeias e logradouros despovoados, a preços moderados, intermediados pelos respectivos Municípios.

“Pessoas para prevenir e combater as causas da falta de pessoas”

Porquê e para quê, uma Zona Piloto. - Contra incêndios pelo repovoamento ?

Em primeiro lugar , porque não seria possível nem útil generalizar políticas positivamente diferenciadas a todo o País, mesmo também para zonas onde a vida parece passar-se “á beira mar plantada”

Depois porque a configuração do território nacional, sendo hiper diversa, conta com enormes manchas onde, nem os homens mais afoitos nem a natureza alteraram profundamente  o acidentado relevo dos solos, com tipologias ultra favoráveis aos riscos de incêndios,
 
territórios de picos altaneiros  e profundos vales cavados em cadeias sucessivas, criando contínuas limitações de horizonte, encerrando lugares de isolamento pouco convidativos à fixação de pessoas, onde mais falta fazem.

Territórios onde impera a actividade florestal e se amontoa o combustível dos incêndios.
Nestas manchas territoriais, onde por ironia, abundam as melhores nascentes e cantam  algumas das mais puras águas do País;
É aí, que o fogo, ladrão do trabalho e do pão de quem por lá labuta teimando desesperadamente por recomeçar a vida a cada ciclo de incêndios; deve encontrar a primeira e principal linha de oposição.
A força de todos nós, a única capaz de o vencer e dominar, em terrenos por nós escolhidos. – As zonas de combate aos incêndios , pelo repovoamento

Quantificação teórica de valores aproximados
Para a substituição  progressiva dos  meios aéreos. pelo emprego de meios humanos.

Para um Município de  +_400 km 2 de área.
Com 75% de área florestal.
                      --------------------    
Equipado com uma força de 10 brigadas, de 6 homens cada, trabalhando todo o ano, com equipamentos adequados, ( moto - serras, roçadoras, viatura, e demais ferramentas ligeiras necessárias )

Uma equipa técnica de enquadramento jurídico e orientação produtiva, dotada de competências e equipamentos próprios, para exercer controlo da aplicação de leis e normas em vigor. Com 6 a 9 elementos. A um custo estimado de 250.000€ ano.
                                                                       250.000
Custos aproximados: ano
60 homens a 800 € Mês + encargos x 13 meses=936.000€.                                            936.000
50% para equipamentos   ………………      468.000
Consumíveis diversos   ………………..       280.000
                                                                    1.934.000
Vantagens:
- Mais 60 empregos no Município.
- Possivelmente mais 60 famílias a residirem e a
-.Contribuírem para combater o isolamento e desenvolver
  a economia local.
-.Possivelmente mais 60 residências abandonadas em aldeias
  quase desertas a serem ocupadas, a preços acessíveis.

-.Outra e melhor qualidade nos serviços de prevenção, com limpezas permanentes todo o ano, e todos os anos, até estabilização duma situação de muito menores riscos.

-.A possibilidade de poder rever a actual distribuição de responsabilidades, (fiscalização, administração territorial etc, a nível municipal.)

- A possibilidade de dotar os Municípios de maior risco, de uma
Força autónoma e competente para tratar dos assuntos de ordenamento do território e conservação da natureza. (incêndios florestais .e licenciamentos  de obras inclusive.)

Viabilidade económica
Dos 49 milhões afectados para meios aéreos no orçamento do estado, destinar um apoio de um milhão por município para este efeito, dá e sobra para apoiar o número de municípios florestais.  (8/10) onde a medida se justifica..
Os serviços de limpeza efectuados por esta força, terão de ser pagos a uma taxa fixa por hectare…assegurando parte substantiva do seu custo..



Na opinião de alguns técnicos do sector, a prevenção contínua, com meios adequados, essencialmente  humanos e locais, é  preferível  aos meios aéreos, por deixarem  no terreno para uso permanente as linhas de penetração humana que de outra forma desaparecem cobertas pela vegetação natural.

terça-feira, 9 de julho de 2019


A Sociabilidade nas pequenas
Comunidades alentejanas.

A realidade da sociabilidade nas pequenas  comunidades alentejanas, que saibamos, não chega , (como em quase todo  o espaço rural do país), para justificar o nome de “comunidade”.
E…talvez se deva a esta realidade mal e pouco estudada, muitas das dificuldades em conseguir uma maior e mais rápida ascensão cultural e o correspondente progresso das populações rurais.

Crê-se…parece ser assim…Será?

Na maioria dos casos, nasce-se, vive-se e morre-se, em casas nas quais, sempre se falou das mesmas coisas, se glorificou os mesmos santos e pecadores, os mesmos pecados.
Os mesmos valores, sempre se fez, como sempre se tinha feito, sempre se rejeitou o diferente, sempre se falou baixo e se guardou com pudor extremo os segredos da casa, cada casa, é a “capela” onde se adoram os mesmos símbolos e se  guardam as histórias das vidas de quem lá mora e de quem lá morou.
 As histórias de vida, mas também as crenças e os pensamentos, os anseios e ilusões e as verdadeiras impressões sobre o Mundo de hoje.
Casas que ninguém de fora frequenta, e de onde os moradores não saem
para ir às casas vizinhas, dos amigos (desconhecidos)  que, apesar de vizinhos: -  têm lá as ideias deles.
Uma vida inteira  sem recorrer a qualquer pretexto evocativo capaz de justificar uma abertura deste espaço “ íntimo” para uma refeição, uma conversa, uma confraternização,
ou uma troca de opinião ou de informação que possibilite a mínima possibilidade de entre - ajuda para resolver um problema pessoal ou aumentar  o próprio conhecimento cívico e cultural, atrofiado pelo reduzido e redutor espaço da sua “CAPELA”.

Certo, em alguns casos há a fuga até à catedral do lugar. A Praça ou o Largo, ou o Café ou a Tasca, porém parece que ao sair de casa; os assuntos que têm a ver com a “CAPELA” são TABUS para as conversas de café.
 Seja como for, como aqui  esboçamos, ou de outra maneira, melhor ou pior, pensamos que uma análise séria e mais próxima da realidade se impõe, porque, aparentemente o:
Isolamento Social  das pessoas e famílias das pequenas comunidades rurais, pode ser um travão ao desenvolvimento cultural destas populações, que importaria combater.

C. Mortágua
Alvito, Julho de 2019

sábado, 6 de julho de 2019

Sociabilidade das pequenas comunidades rurais.

a cézar o que é de cézar ?


 

 

A CÉSAR

O QUE É DE CÉSAR ( UM ROOLS ROICE )

AO POVO,

O QUE É DO POVO,  (A GERINGONÇA )

                                            

O Costa tem razão…?



É muito mais  confortável  e seguro
ver a paisagem através dum vidro escuro
dum automóvel de gritos
que  apanhar com poeiras e mosquitos,
ainda que aplaudido e saudado 
a descoberto sentado
com toda a paciência
na  “geringonça” da sua sobrevivência


Ou então…falta de firme orientação…

O Costa equilibrista
Precisa de ter á mão
O CéSar elitista
O bom e o mau “agente”
Em política, uma inovação?
Olhe que Não…
É coisa do antigamente !

quarta-feira, 3 de julho de 2019

paiol natural !

                                                                         Paiol natural
                           Como ninguém sabe o dia de amanhã...vale mais prevenir que remediar

segunda-feira, 1 de julho de 2019

populismos


 POPULISMOS:

…_E O MUNDO PULA E AVANÇA
             COMO BOLA COLORIDA, NAS MÃOS DUMA CRIANÇA”

Que importa, para a criança, as cores da Bola…? - se ela  for redonda, bela e colorida!.

Que importa para o Homem comum, o sentido novo das velhas palavras, agora usadas, para dizer coisas de significado mal conhecido?

E… como diria o “Senhor Silva”… não havia……. necessidade!

É sempre possível , dar nomes aos bois, dar-lhes os nomes deles…sem floreados, nem abrangências pouco concretas, é de sua natureza serem cornudos, e marrar!

Pessoas capazes de ajudar um ladrão a fugir, para poder acusar o polícia de não ser capaz de prender o gatuno;
Defendendo que a autoridade têm que  ser mais forte e poderosa para combater os “criminosos”,
 Incentivando as pessoas a que se revoltem contra quem governa, na esperança de  se substituírem  aos governantes: estes,  são procedimentos populistas.

Quando alguém se aproveita do descontentamento de uns para combater outros, em seu próprio benefício –  é populista.

Quando alguém engana o povo, pretendendo ser o “salvador do Povo”, prometendo –lhe o que não pode dar ou fazer – é um político populista.!


Como, regra geral, todas as acções públicas sociais e políticas desenvolvidas em nome individual podem ser suspeitas de populismo.   As acções sociais e políticas, quando abertas à `livre participação e de organização colectiva, são muito menos sujeitas ás
Tentações populistas.
Não é  fácil caracterizar os processos populistas, as variantes são quase infinitas, se por vezes não parecem aquilo que são , outras são aquilo que não parecem, a participação colectiva e o conceito de organizações abertas á participação com objectivos bem definidos, são bons indícios para o lado da democracia, mas não garantem  a sinceridade dos protagonistas..                                                                                                                                                                                        
O ressurgimento dos populismos políticos, estão a ser, normalmente justificados com as fragilidades da Democracia. A insegurança social,  o desemprego como consequência do  acolhimento aos refugiados, o banditismo como consequência da pobreza ,O próprio respeito democrático pelos direitos dos cidadãos; são bandeiras utilizadas pelos populistas, para enfraquecer a democracia e acabar com as Liberdades.                                                                                                                                                                                                
Mas…quando alguém aponta os erros e responsabilidades de quem governa e incita as pessoas a se organizarem para colectivamente lutarem pela melhoria das suas condições de vida, sejam,   estas pessoas, intelectuais ou simples cidadãos anónimos, não as podemos tratar de populistas.