terça-feira, 25 de junho de 2019

uma nuvem escura


Da nuvem escura, dum tempo de borrasca




Ser ou não  pessoa com opinião,
no princípio tem de ser afirmado
com a energia da mocidade. sem esforço
Passado o tempo moço
Nada nos é dado
Perde-se a ilusão

Que cara é a vida
Quando dela  não se pode
Retirar futuro
Fruto maduro
Que o tempo sacode
Da memória perdida


Quer se queira ou não
Passado está feito
Certo ou errado
Foi o fado
Que saíu do peito
Momento de paixão


tudo foi  ordenado
verão e inverno,
na  estrada da vida
ao destino oferecida
como descida ao inferno
dum ORFEU,castigado.

A PRISÃO DA VIDA

Às pernas, falta disciplina
Com a cabeça a comandar
Aquelas encostam-se á esquina
Esta, tem vontade de voar !
Nesta situação, ao coração
Só resta, navegar
á bolina, até ao Mar…

Falar do interior para o mundo
Pelas janelas
Do blogue PI.CADELAS.
Pode alimentar o ego
Mas não é prego
Que pregue  razão
nas mazelas  do coração.


domingo, 23 de junho de 2019


A estabilidade Política, e as Políticas estáveis.

com a verdade me enganas?”

O 25 de Abril de 74 tem quase meio século, mais precisamente, celebrará em Abril próximo o seu quadragésimo quarto aniversário.
Durante este já longo período, tenho escutado, com alguma insistência, discursos de muitos dos nossos mais reconhecidos democratas e governantes, a  defenderem a “estabilidade Política”.

 A fazerem a defesa da “Estabilidade Política” assim, tão só e apenas em duas palavras – Estabilidade Política. – como um bem.

Como já por cá ando há umas largas décadas, dou por mim a interrogar-me sobre essa coisa da – estabilidade política – será um bem tão grande, tão bom, tão universal, tão genérico e neutro, que possa ser defendido por Salazar,Pinochet,Franco e seus iguais, ou, igualmente,   pelos mais legítimos paladinos da Liberdade e dos direitos Humanos, do nosso período após Abril.

Nisto. Há gato.
Chego a conclusão que a minha “inteligência” não me permite perceber onde está “o gato” mas, ouvindo à minha volta, verifico que a maioria dos que me rodeiam, padecem de idênticas incompreensões!

Como acredito que a necessidade aguça o engenho, tenho tentado, como se diz: – “aprofundar a questão;”  mas, as dúvidas continuam muitas…  ainda não desisti..

-No concreto, que coisa será essa da “estabilidade política”?
Os dicionários dizem-nos que – estabilidade, significa: - (coisa segura, firme, reconhecida, durável), ora tudo isto é  mais  aplicável ás ditaduras que ás democracias, nas ditaduras a vontade dos ditadores e os instrumentos de repressão são duros e estáveis, para serem donos do poder até morrer. Nas democracias, como quem manda é o povo, e o povo são muitos, e com muitos interesses, pode haver e há, surpresas, e a estabilidade só dura enquanto o povo quiser…(mesmo enganado) será isto que explica que ditadores e democratas defendam a estabilidade, ou os dois defendendo a estabilidade, estarão a defender coisas diferentes, que deveriam ser explicadas e não são,

Se assim for, compreende-se que os ditadores não nos expliquem a sua “estabilidade politica”mas os democratas, deviam perceber a necessidade de explicar, de que estabilidades nos falam:. Porque podem ter razão ou não.

Se nos falarem em defesa da estabilidade de Princípios respeitadores dos direitos humanos. Se nos falarem em defender instituições democráticas e organizações instituídas por leis por elas aprovadas…podem ter razão e serão escrutinados pela sua sinceridade ou fingimento.

Se nos falarem em defesa da estabilidade dos seus instrumentos de repressão, da estabilidade da implantação da vontade de quem manda, e da obediência aos seus interesses, mesmo que de maneira camuflada, a esses temos que dizer: - abaixo a estabilidade.

Em resumo; à luz do pensamento crítico.


Exijamos que nos expliquem de que estabilidade política se trata, quando a ela se referem.

Até porque a estabilidade funcional de responsáveis políticos, por longos tempos nos mesmos lugares, todos o sabemos, pode ser a iniciação e estímulo a estabilidade da  corrupção!.




Estabilidade política IMPOSTA – NÃO.

Estabilidade política escrutinada Democraticamente SIM.


  
sem análise e definição específica de referência, A  “estabilidade política”.funciona como  MITO,na cabeça do Povo.)






Os nossos mitos de estimação:

Quando queremos  criar  uma nova acção ou actividade, ou quando pretendemos  desenvolver quaisquer ideia, recorremos à memória, e lembramos  experiências passadas que nos possam ajudar.
Quase fatalidade, esta maneira de proceder impõe-se-nos naturalmente.
Ao longo da vida, uns mais, outros menos, todos nos servimos do passado como referência para tentar melhorar o presente.

Quando temos um problema para resolver, vamos á procura de saber como outros o solucionaram e, quando muito, fazemos algumas adaptações de circunstância  para melhorar o ajuste á nossa realidade, inspirados no que já existe, avançamos convictos de ter procedido de forma correcta e inovadora!

Raramente ou nunca, rejeitamos essas referências e  nos damos ao trabalho de analisar o nosso problema por si, e a sua correlação com o nosso tempo, procurando uma nova solução.. A tendência para nos aproveitarmos duma experiência anterior impõe-se-nos.

Esta contínua e natural maneira de proceder, respeitando, por vezes inconscientemente. uma certa linha de continuidade de pensamento sobre as coisas, transforma as “melhores” práticas do passado, ou assim julgadas, em Tradições

Com a repetição da mesma prática e o passar do tempo, as tradições  transformam-se em património cultural: de valor intocável, símbolo incontestável
de identidade cultural, ou princípio constituinte e celebrado do modelo político-administrativo vigente. Algo parecido com um MITO. – ( algo ou alguém  que é  representado e aceite de forma impressiva, acrítica, mas geralmente admitido como coisa certa e incontestável..

Sobre certas organizações das públicas administrações de hoje, prevalecem apreciações positivas de modelos organizativos de inspiração romana que, embora diferentes dos primitivos, ainda guardam anacronismos que hoje devem ser considerados falhas graves relacionadas com  as preocupações e cuidados ambientais e de Conservação da Natureza..

Neste caso, está (em minha opinião) a apreciação actual sobre o Municipalismo que temos.

Elogia-se e classifica-se repetidamente o Municipalismo que temos, como a melhor das  coisas  de Abril.
Sem recuo algum sobre as suas desadequações ao tempo presente, em que as questões ambientais e de conservação da natureza são assuntos de vital importância para a sobrevivência da Humanidade.
Condenamos ou aplaudimos, comportamentos ditos desviantes e incorrectos, ou positivamente exemplares, dos autarcas quando, na sua grande maioria, as incorrecções são consequências quase sempre impostas por políticas sem sentido, e responsabilidades erradamente afectas  a estruturas   pensadas para outros tempos, com sobreposições ou carências que impossibilitam o alcance de objectivos estabelecidos desadequadamente., transformando em vítimas, muitos  autarcas voluntariosos e esforçados..

O que se julga nestes casos, não  são os comportamentos das pessoas, mas o enquadramento  a que são sujeitas, e a falta de preparação para as funções que exercem, sem pretender anular os casos em que os actos são mais que merecedores de justo castigo..

As Câmaras Municipais de hoje, existem essencialmente para tratar das relações das pessoas com o Estado,de per si e através da regulação das relações das pessoas entre si e com os seus patrimónios, e das relações das pessoas com os serviços sociais básicos. Mas,
na prática, muito pouco com  as questões ambientais ou de conservação da natureza nos seus territórios.
 É simples!
As Câmaras preocupam-se com as pessoas, ( eleitores ); as pessoas preocupam -.se com o que é delas. Com aquilo que é de todos, como o ar que se respira, que se preocupem os outros!

- Então porque não vais á Assembleia , defender o te assunto?
- eu não…era o que faltava!
Eles que resolvam, para isso os elegemos e lhes pagamos
 

Num País pequeno, de grande diversidade de relevo, paisagem, cobertura vegetal,  densidade demográfica, etc.; utilizamos modelos administrativos, normas e critérios de avaliação , demasiado genéricos e imprecisos, causadores de surpresas práticas em contradição com os resultados esperados.

Talvez valha a pena, deter-nos alguns momentos para tentar encontrar respostas  a perguntas que se impõem, sobre o Municipalismo existente:


a)-  que autoridade e estrutura tem por objectivo estudar, administrar, controlar, fiscalizar com conhecimento e autoridade, método. persistência e permanência; as questões relacionadas com a defesa e conservação da natureza, nos territórios municipais, pedaços do todo Nacional.

b)   quem é responsável por controlar e aplicar  a legislação directa e indirectamente relacionada com o ordenamento do território, aos diferentes níveis , da freguesia à inter municipalidade.

c)-  Quem legisla, regula e fiscaliza todas as alterações nas infra-estruturas  municipais.

d)-  quem fiscaliza, aplica as leis e executa as  decisões relativas à prevenção de incêndios, sobretudo nos municípios densamente florestados

e)-  Quem tem a responsabilidade de defender a conservação e fertilidade dos solos municipais e a articulação entre áreas intra-municipais.


Sim, já sei.
Todos dirão, e em todos os casos, - AS CAMARAS MUNICIPAIS!





   estarão elas em condições de corresponder ás necessidades do tempo presente?



Na prática…será verdade?
Será certo, que as Câmaras na sua infinita variedade dimensional e de natureza, estão adequadamente dotadas de organização, meios humanos, equipamentos e legislação adequada para a plena e competente realização dos objectivos essências aos cuidados de conservação da natureza e ordenamento dos territórios?

Será certo que as Câmaras foram criadas para estes fins?

Se a resposta for -  SIM! –tudo bem, podemos esquecer o assunto, e se for NÂO ? - que fazemos?

Na actualidade, uma Câmara Municipal , aplica nestes assuntos que têm a ver com os cuidados com o seu território,  20 a 30 por cento dos seus recursos e tempo, se muito.. O restante é dedicado a tratar dos problemas das pessoas, dos problemas dos munícipes, dos problemas sociais, políticos e administrativos das pessoas, e das relações destas com os seus patrimónios.

Conservação da natureza…questões ambientais…ordenamento do território….alterações paisagísticas…poluição de águas, limpezas de orevenção, são coisas
“muito importantes”para pensar nelas quando houver tempo.!

Sou de opinião que há importantes  inovações a ir fazendo nesta área, determinante da qualidade de democracia que queremos, e com consequências positivas  e abrangentes, da educação à saúde, da economia à Paz  nas Comunidades locais. E em  toda a sociedade.

Entre as inovações susceptíveis de melhorarem significativamente o desempenho e as relações entre autarcas e populações, pode estar, por exemplo, alguma desconcentração de poderes e responsabilidades, sobretudo nas áreas mais vocacionadas para a conservação e defesa da natureza.
As relações de proximidade existentes entre governantes e governados, nas pequenas e médias comunidades, provoca uma informal e casuística relação que tende a criar nas populações a ideia de que, na prática, o Senhor Presidente é que resolve  tudo1

Na ausência, a nível local, de responsáveis públicos directos por certas áreas, todos os caminhos levam ao Presidente. Este, por sua vez, cuida da sua imagem, prometendo e reforçando a tendência de a tudo dar resposta, ocasionando circunstanciais frustrações mal digeridas.
Será ou não, um erro pensar que ao nível local também é necessário, compartimentar poderes e políticas?
Dada a real diversidade da complexidade de cada município, será eficaz e democrático,
deixar á iniciativa de cada comunidade a dimensão e organização da sua autarquia?

Pode considerar-se natural uma certa tendência dos “primeiros ministros” municipais para dispensarem, ou ultrapassarem, sem consequências, os “ministros municipais” sectoriais, tornando-os desconhecidos das populações?
 Desresponsabilizar  politicamente a  função técnica dum funcionário intermédio , (  é tão grave, como não assumir a responsabilidade política de líder autárquico.)

A melhoria significativa  da transparência que o Municipalismo  deve às populações não depende unicamente de grandes alterações de princípio, mais ou menos onerosas, o reconhecimento do princípio em si mesmo, já seria importante.

Coisas simples, é certo!
Casos há, em que um simples cartaz colocado á entrada da autarquia, com o modelo organizativo e os respectivos nomes dos responsáveis , pode substituir, em parte, a necessidade de discutir e identificar publicamente o melhor modelo organizativo, para a dimensão e características  daquela autarquia, embora, perdendo desse modo.o valor didáctico duma discussão colectiva e uma decisão democrática.

O que aqui se defende não é a realização de inovações de aplicação geral, ( sublinhamos o
aspecto da quase total originalidade de cada município), o que defendemos é que o enquadramento geral deve valorizar as diferenças, criando uma grelha tipológica, com critérios quantitativos e qualitativos influentes no resultado final duma classificação democraticamente aceite.

Governar democraticamente…. Pode não ser…governar com o consentimento tácito do povo, com o consentimento a posterior…bem sei que quem é eleito, recebe, com a eleição, uma delegação de poderes, porém bem avisado anda o governante, que tem em consideração…”que ninguém deve delegar, sem o poder de controlar o efeito da delegação.

Pelo que aqui se diz, ( também pelo muito que se poderia dizer se submetêssemos o Municipalismo existente ao rigoroso crivo do Pensamento Crítico), o que pretendemos, de certa maneira e sem jactâncias, é…que o MUNICIPALISMO existente , sem discussão pública, não venha a correr o risco de se transformar num MITO, - UM GRANDE PÉ DE BARRO PARA A DEMOCRACIA.




sábado, 22 de junho de 2019



INOVAR,  DE PRESSA E MAL ?


Foge diabo! Que raio de cara é essa? Senta-te ali debaixo do Limoeiro, respira fundo e conta lá que te passou, deixaste de beber ou quê? Estás de cera! pálido que nem defunto novo!.
 – Deixa-me, e vê lá mas é  se pagas o próximo, estou precisando,. atolado nesta diarreia de promessas sem sentido, de juras de eterna coerência e fidelidade aos mais fundamentais direitos democráticos  e essas merdas todas, em que as maiorias acreditam por serem ditas pelos políticos seus proclamados amigos. “da onça?”,

Não se passou nada,,,fui atingido por um “perigo” como se diz cá na terra. Um “espanto”, pouco faltou para apertar o “gargomil” ao sujeito, aquele filho dum  infeliz acidente de má recordação, lá da minha berça de origem. Encontrei-o esta manhã à porta da taberna do Chico padeiro, para lhe pedir  uma palavrinha sobre questões lá do burgo, e  sabes o que o acidental descendente me disse?

- Insultou-te?
– Sim e não, ou pior .- mandou-me falar com o chefe de gabinete!
O grande filho do acidente! Nesta terra de trabalhadores com pouca escola e muito trabalho…mandou-me falar com o chefe de gabinete!  Até parece que queria mandar-me aliviar…chefe de gabinete!  Queria que eu fosse ao gabinete para falar com o chefe!..estás a ver?  O filho da parida! quem será ele, só se for , o “Toino Zé”, o albino, da tasca da Ti Júlia, à saída da terra
Estes filhos duma inocente, quando lhes dão um “poleirinho”, incham mais que balãozinho colorido em festa  de criança !.
Estás a ver.?  Bem sei que nem todos são assim. Os “Presidentes” de terras mais importantes, devem ser diferentes, eu acho. Se não, este País teria que estar muito pior do que nós julgamos!.
O que me lixa, e me deixa de rastos, é ter de reconhecer que também sou culpado,  que somos todos (os governados) culpados pela ascensão social destes doentes inflamados com ambições políticas para as quais demonstram não ter competências, embora, por vezes as proclamem bem alto.

  
Enfim…fiquei assim desalentado, e a  matutar nesta história das inovações!
Inovações para a direita, (ainda que não pareçam), inovações para a esquerda (ou muito parecidas)  inovações tecnológicas, inovações sociais etc., quase sempre de urgência, à pressa e mal feitas por não haver tempo para pensar nem analisar ponderadamente, democraticamente! Inovações de emergência, por se ter deixado o mal chegar a pior, para resolver tarde e a más horas.

Neste País, parece não ser possível ir pensando e discutindo calmamente numa inovação que talvez seja importante fazer, até progressivamente e por etapas, após períodos suficientes de discussão.
Ai de quem ousar propor reflexão sobre uma qualquer inovação, antes de estarem “ “inventadas” as condições para a realizar de imediato”.  Neste País e possivelmente em muitos outros, só se podem anunciar publicamente decisões tomadas  a contar para ontem. Comunica-se  uma decisão, democrática, porque tomada por eleitos com todos os poderes… não se pode abrir uma discussão!. Tem que ser uma decisão!
 Se não, cria-se logo a confusão e aparece prontamente quem procure aproveitar acintosamente o período de discussão para a confundir com uma decisão, tratando-a de - coisa anti-democrática, de aventureiros irresponsáveis etc. ),- tentando parar de imediato, a mínima tentativa de sucesso !

Quaisquer inovação que mexa com  interesses instalados na sociedade, só pode ser feita rapidamente e de surpresa, antes que os possíveis afectados possam corromper os poderes políticos e administrativos que tenham a ver com a alteração em causa..


A falta de prestação de provas de cidadania responsável e de competências técnicas de alguns candidatos a governantes,  está na origem da maioria das trapaças e fragilidades de carácter  que se vão descobrindo, alguns a comprometerem a imagem do todo.

Porque será que existem verificações de competências para o exercício de quaisquer actividade, salvo para ser  governante a nível autárquico ? o nível onde se deve aprender a prática da democracia.


Ser candidato, sem prestar provas. Pode ser, QUERER MANDAR, sem saber o que seja governar.

 E, muitas vezes, sem contar com a mínima experiência para o trabalho que se propõe fazer, nem ter consciência do valor insubstituível da experiência essencial do trabalho autárquico, como elemento básico e fundamental da formação democrática que se deve exigir a todo o governante.

Ser candidato a exercer funções de governação local .por exclusiva vontade própria, ser eleito pelos votos do povo -” pelos votos de pessoas desresponsabilizadas pelo anonimato e impulsionadas pelas cumplicidades de proximidade, eivadas de pequenos interesses cruzados , confiando apenas e tão só no quantitativo dos votos , muitos deles “cegos, amigos ou inconscientes”, pode ser a abertura dos portões da democracia a seus inimigos (populistas ?). –Sem alternativa?.
- os votos numa “ boa pessoa “, no entender generalizado de maiorias bem intencionadas. , não devem substituir a prestação das provas de competência.


Já sei o que me vais dizer..!
Em democracia, o povo é quem mais ordena. A origem do Poder é o voto…e por aí fora. Essa é a  questão! e a contradição.

Os democratas, para serem coerentes com os seus princípios, têm  de ser capazes de encontrar as soluções para as contradições fundamentais da democracia.
Os democratas, têm que aceitar, mesmo sabendo-o, que alguém e toda a gente, pode querer ser quem não é.
Os democratas, têm que ser capazes de democraticamente, querer, ao mesmo tempo: “Sol na eira e chuva no nabal” ?–
 Os democratas têm que, para o poder ser,   acreditar em Deus e no Outro ?
 - é bonito. 
Só que ás vezes falha!

Quando  falha,  é o Diabo?…
 Não, diz-se:    
“Deus assim o quis, e, o outro; é ladrão ou coisa pior, e é bem capaz de roubar para poder acusar publicamente -  os “ ladrões da democracia! e a democracia dos ladrões”Que é preciso substituir, por regimes fortes, capazes de imporem a lei. - (Adeus Liberdade…!.)

A democracia tolerante da corrupção e dos maus comportamentos cívicos, segundo dizem, obriga a tornar necessário um regime musculado e forte, sério, que acabe com os abusos…(coisa e tal) - adeus ó liberdades…viva o fascismo! O oportunismo cínico, apelidado de populismo!
Tem paciência meu amigo, agora ouve-me!

Sozinho com as minhas convulsões, sem ninguém que ouça os meus desabafos, não paro de pensar, e voo sem limites para lá do razoável à procura de soluções para fechar os portões à incoerência democrática  AOS “TRUMPS” DESTE MUNDO. Mesmo aos menos poderosos.
Eu também estou afectado, afectado e infectado, isolado, vejo coisas que para os outros são invisíveis!
Sem confrontação democrática, fico – me com a certeza das minhas dúvidas, sem soluções para corrigir o que gostaria que se mudasse!:

Queres ir embora, ou tens tempo e paciência para me aturar ?

- Desde que não te dê uma coisa, com essa frustração toda, vê lá se te controlas.,
estou passeando e gosto de te ouvir., mesmo afectado.
Deita cá para fora, essas ideias, se as caldearmos, pode ser que se transformem em 
desafogo colectivo.