quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

NA VENEZUELA  ( Clausewitz )

CONTINUAÇÃO DA LUTA POLITICA PELA GUERRA ?

Juan Guaidó, deputado presidente duma Assembleia Nacional criada em 2017 com maioria da MUD, (MESA DE UNIDADE  NACIONAL) seu partido,  para se opor ao projecto de Maduro de criar uma Assembleia Constituinte -e á realização de eleições Presidenciais  para Maio de 2018., era até há poucos meses, pouco mais que um jovem deputado animador das acções da oposição ao governo..

Este Jovem (35 anos) dirigente da oposição,  com as forças que representa, convencidos da sua impotência  para alcançar a vitória contra as forças armadas venezuelanas  em  circunstancial  concordância com o governo e os milhões de guajiros excluídos da petrolífera riqueza da Pátria, decidiram mudar de estratégia e, criar condições para chamar em seu auxílio, forças e armas internacionais de que internamente não dispunham.

Auscultações feitas ás disposições dos seus amigos, como sempre acontece, foram também obrigados a aceitar a ajuda de alguns lobos tradicionais, eticamente pouco aconselháveis. Os mais afoitos e interessados: Estados  Unidos,e Brasil (Trump e Bolsonaro) , seguidos de "adjuntos" interessados
em permanecer do lado dos poderosos, para com essas promessas internacionais de apoio, poderem enfrentar com outras possibilidades de êxito os bloqueios internos: Argentina, Columbia etc..

Juan Guaidó é genuíno defensor dos interesses da sua  situação social  e da sua Venezuela,  estado que pode bem viver dos rendimentos dos donos do petróleo, mas carente de outras substâncias capazes de alimentar as pessoas e das quais se servem, quem as tem, para provocar interessadas e legítimas situações de revolta.

Como é normal, nenhum País estrangeiro pensa ( por agora ) em" ajudar " a Venezuela "promovendo e financiando programas de desenvolvimento agrícola e pecuário, entre outros, para os quais possue todas as condições desejáveis, quem vier, seja para ajudar a ideologia que for, vem calculando o valor do que mais tarde pode rapinar.

Quando Gualdó, altamente estimulado por poderosas forças exógenas, decide seguir as instruções dos seus poderosos amigos, proclamando-se  Presidente do País frente a multidões de Venezuelanos, está abrindo o grande portão por onde poderão vir a entrar os carrascos do Povo Venezuelano, autores do mal que anunciam combater.

"Juro assumir formalmente as competências como Presidente interino da Venezuela para por fim á usurpação. Esta declaração feita perante algumas centenas de milhar de pessoas concentradas nas ruas de Caracas para reclamar a demissão de Maduro,pode vir a significar o início duma guerra civil
-um estado, dois presidentes


DE QUALQUER FORMA.não nos parece que a situação,permita escolher pacificamente as razões de cada um. Para além da insofismável razão das maiorias de sacrificados miseráveis espalhados pelo imenso interior do País, -Que venha o diabo e escolha.- não será fácil, transformar uma maioria usufrutuaria parasita dos rendimentos petrolíferos durante algumas décadas passadas;, em maiorias de trabalhadores conscientes , obedientes servidores dos milionários dos regimes.

Não fora a situação de muitos milhares de portugueses que há mais de 50 anos foram chegando à Venezuela com a ambição de voltarem ricos e por lá deixarem o mínimo possível, alguns, apesar disso, até a alma e o corpo deixaram! a nossa atenção não seria tão sentida., lamentando a nossa impotência face à sua situação. Recorrer ao velho ditado - quando o mar bate na rocha..- não nos ajuda nada, apenas poderá servir de cauteloso aviso a quem se dispõe a abandonar a sua terra em busca do desconhecido - qualidade maior e menor da condição de ser português..

Disse Guaidó:
"Recordo as palavra de meu irmão Leopoldo Lopes,que se encontra injustamente preso por levantar a sua voz contra o regime..esse mesmo que hoje usurpa o poder - a luta continua!

-  O seu percurso começou na Universidade Católica Andrés Bello para se formar em engenharia civil,estudos complementados  na Universidade George Washington nos Estados Unidos.

Sem maniqueísmos, alinhando alguns factos tais como nos são fornecidos pela imprensa que lemos.,-nos condicionados. Contra as arbitrariedades e assomos e derivas anti-democráticas do chavismo, os críticos estão exentos de responsabilidades e são fiáveis democratas?

Quando o vice Presidente dos Estados Unjdos, Mike Pence, prometendo apoiar com tudo o que for necessário, quase apelou a um golpe de Estado, que devemos pensar ?
 Á excepção da Russia e da China não há Países que apoiem , a China é de momento o que resta de apoio a Maduro...Nicarágua  e  Cuba aguardam o evoluir da situação. - E a Europa? - parece acreditar a criticamente em tudo o que nos diz a imprensa ocidental /" a voz do dono". 

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